Estudo do Brasil identifica remédio com eficácia de 94% contra coronavírus

16 de abril de 2020

Medicamento de baixo custo teve resultados positivos nos exames em laboratório feitos no Brasil e agora será testado em pacientes humanos

Pesquisadores brasileiros irão começar os testes em pacientes de um medicamento que, nos testes in vitro, demostrou ter 93,4% de eficácia em combater a infecção causada pelo novo coronavírus Sars-Cov-2. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 15, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC).

Segundo o Ministério, serão testados cerca de 500 pacientes em cinco hospitais militares no Rio de Janeiro, em um hospital em São Paulo e em um hospital em Brasília.

O nome do medicamento é mantido em sigilo para evitar uma corrida às farmácias. Segundo o MCTIC, se trata de um medicamento já conhecido e comercializado. Ele tem baixo custo e é encontrado amplamente em todo o território brasileiro. O medicamento também não causa efeitos colaterais graves, ao contrário de outros remédios em estudo contra o novo coronavírus, de acordo com o ministério.

“Temos boas perspectivas que os resultados dessa pesquisa possam ser positivos e assim poderemos ajudar não só o Brasil, como outros países no combate à covid-19”, disse o ministro Marcos Pontes, do MCTIC, em comunicado.

Mais de 2.000 medicamentos foram testados nesta simulação e seis remédios apresentaram resultados promissores, sendo que dois deles reduziram significativamente a replicação viral e, segundo os pesquisadores, tinham maior viabilidade comercial de serem usados no tratamento contra a covid-19.

Os medicamentos então foram testados em laboratório, para analisar como as células tratamas com o medicamento se comporta na presença do vírus. De acordo com o MCTIC, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) deu autorização na terça-feira, 14, para o início dos testes clínicos do medicamento.

“A expectativa é que os testes clínicos que serão conduzidos por nossos parceiros na Rede Vírus MCTIC gerem dados robustos e positivos”, diz Rafael Elias, pesquisador do CNPEM que participa do estudo. “Assim como toda a sociedade, esperamos que os resultados muito promissores encontrados nas pesquisas do CNPEM, in silico e in vitro, sejam confirmados nos testes clínicos, combatendo a doença dos pacientes.”

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