“A receita definitiva do bolo não sairá deste encontro, mas tenham a certeza de que aprenderemos muito sobre o modo de fazer e sobre diferentes formas de conseguir um excelente produto final”. Foi com essas palavras que, na quinta-feira, dia 19 de abril, a professora Zilamar Camargo Costa, da Comissão Assessora de Educação Farmacêutica (CAEF/CFF) iniciou a palestra de abertura do Encontro Nacional para a Elaboração das Estratégias de Implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do Curso de Graduação em Farmácia, em Brasília.
O encontro teve como foco a elaboração de estratégias que possibilitem aos cursos aplicar as diretrizes, considerando as peculiaridades e características institucionais. Já no dia 20, ao final das atividades, a professora afirmou que o objetivo foi alcançado. “O evento cumpriu o seu objetivo de mostrar os instrumentos possíveis de serem trabalhados para a implantação das DCNs”, disse.
Joseana Leitão, secretária-geral do CRF-PI, participou do encontro e viu como proveitosos e assertivos os encaminhamentos traçados. “A pauta é de extrema importância para esse norteamento dado às diretrizes para graduação em Farmácia. Tem que haver uma consonância entre profissionais, academia, indústria e docência”, destaca.
INTERAÇÃO – Foram dois dias de muita troca de experiência, palestras, mesas redondas, painéis e rodas de conversa. Durante o encontro, foram apresentados aspectos técnicos e pedagógicos das DCNs para adequação ao modelo de ensino por competências, por meio de relatos de experiências de instituições públicas e privadas que estão implantando o modelo.
“Um momento ímpar de troca de experiências com educadores que já estão aplicando soluções que atendem as diretrizes e inúmeras outras experiências que nos indicam o caminho para melhorar a atividade na nossa instituição”, Sabrina Neves, Coordenadora do Curso de Graduação em Farmácia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Durante o evento também foram abordados aspectos relacionados à interdisciplinaridade, metodologias ativas, estágios, avaliações. “As novas diretrizes trazem mudanças profundas e complexas que nos incentivam e nos mobilizem, basta ver o número de participantes e a complexidade das dúvidas. No entanto, as expectativas são muito boas, pois todos os presentes têm o mesmo objetivo, a excelência na formação geral do farmacêutico, respeitando as regionalidades e especificidades das instituições”, Marize Bastos, membro da Comensino (CFF) e da Associação Brasileira de educação Farmacêutica (ABEF).
RESULTADOS – De acordo com a professora Zilamar Costa, muitos foram os encaminhamentos elaborados pelos grupos de trabalho formados durante o evento. Há solicitações de acompanhamento, nas instituições de ensino, por parte da CAEF e Comensino; propostas de realização de fóruns estaduais; um projeto de formação de preceptores; um projeto de acreditação de cursos; sugestão para a criação de uma oficina de avaliação de aprendizagem; e a elaboração de um documento de orientação a todas as instituições de ensino.
“Tenham a certeza de que todos os encaminhamentos aqui levantados serão considerados. A efetiva aplicação das DCNs é pauta primordial para o CFF. Somos profissionais da saúde e esse conceito tem que fazer parte da nossa vida desde o início da formação. Após a provação das DCNs, em 2017, o CFF assumiu a responsabilidade de apoiar as instituições de ensino superior no processo de implantação das Diretrizes para os cursos de graduação, e é isso que vamos fazer,” completou Walter Jorge João, presidente do CFF.
Autor: CFF/CRF-PI