Com o intuito de proporcionar acesso a tratamentos inovadores contra o câncer para a população mais vulnerável, o Ministério da Saúde alocou R$ 205,2 milhões em recursos próprios e por meio de renúncia fiscal para a pesquisa da terapia celular CAR-T Cell em 12 instituições brasileiras. A terapia CAR-T Cell envolve a modificação genética de células do sistema imunológico, conhecidas como linfócitos T, extraídas do paciente, para reconhecer e combater as células tumorais. Este procedimento médico complexo é alvo de esforços colaborativos entre o ministério e outras instituições para tornar a terapia acessível à população brasileira.
Instituições que realizam pesquisas com células CAR-T e que receberam o investimento: Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto Nacional do Câncer (INCA), Fundação Ary Frauzino para Pesquisa e Controle do Câncer, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, Fundação Antônio Prudente, AC Camargo Center (FAP), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP), USP-RP, Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein, Fundação Faculdade de Medicina (USP), Centro Infantil de Investigações Hematológicas Dr. Domingos A. Boldrini, Fundação para o Desenvolvimento Científico e tecnológico em Saúde ( Fiotec).
A terapia com células CAR-T no Brasil é oferecida como tratamento experimental para pacientes com leucemia linfoblástica aguda de células B, linfoma e linfoma não Hodgkin, por meio de pesquisas financiadas pela pasta da Saúde. Para ser elegível, o paciente deve atender aos critérios de inclusão estabelecidos nos estudos clínicos conduzidos por instituições de pesquisa. A busca por esse tratamento deve ser realizada em instituições que conduzam estudos utilizando a terapia com células CAR-T.
Devido ao elevado custo associado à terapia com produtos importados, a viabilidade de integração dessa tecnologia ao Sistema Único de Saúde depende do desenvolvimento de uma tecnologia nacional segura, eficaz e acessível. Até então, pacientes interessados podem obter informações sobre elegibilidade diretamente nos centros de estudos em andamento no Brasil.
Fonte: Comunicação CFF