Dia 28 de julho foi comemorado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. A hepatite é uma inflamação do fígado, que nem sempre apresenta sintomas. Em muitos casos, o diagnóstico é feito apenas quando as manifestações já são graves, como é o caso da cirrose e do câncer do fígado.
A farmacêutica bioquímica Mônica Poglia Leal lembra que ainda não existe vacina para a hepatite tipo C. Ela dá dicas para evitar a doença, que é transmitida, normalmente, por materiais pérfuro cortantes contaminados com sangue em contato com lesões. “Então, é necessário ter muito cuidado com a questão dos alicates de unha, com as lâminas de barbear, com a escova de dente compartilhada, que são coisas que eventualmente podem ocorrer. Devemos ficar atentos para evitar a contaminação por esses meios”.
Ela explica que a doença também pode ser transmitida sexualmente, mas o índice de contaminação sexual é bem menor perto da contaminação por seringas, alicates e por materiais de cirurgia mal esterilizados.
A especialista reforça a importância do diagnóstico para se iniciar o tratamento o quanto antes. Os testes rápidos para identificar a doença podem ser feitos na rede pública de saúde. Mônica destaca, ainda, o papel do farmacêutico na orientação ao paciente, em especial na questão das interações medicamentosas. “Alguns medicamentos psicotrópicos, antiarrítmicos, são contraindicados quando se está utilizando medicamentos para tratar a hepatite C. Outra questão super importante é a da gestação, tanto os homens como as mulheres não podem planejar gravidez durante o tratamento, porque é um medicamento com potencial para desenvolver alguma doença fetal”, afirma.
A farmacêutica Mônica Poglia Leal coordena um centro de aplicação e monitorização de medicamentos injetáveis (Cammi), no Hospital Sanatório Paternon, no Rio Grande do Sul. Na unidade, é feito o trabalho de acompanhamento de pacientes com hepatite C com uma equipe multidisciplinar em parceria com os médicos da rede.
Fonte: Comunicação do CFF