O Diretor-Tesoureiro do Conselho Federal de Farmácia, João Samuel de Morais Meira, conclamou os farmacêuticos recém-formados a não arrefecerem os ânimos na luta pelo fortalecimento da profissão. “Eles precisam dar continuidade às conquistas obtidas, nos últimos anos. Estas vitórias são frutos de lutas árduas e de muitas negociações, e ajudaram a transformar para melhor o panorama farmacêutico”, explicou. Dr. Samuel Meira foi padrinho da turma de formandos em Farmácia da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba, em solenidade realizada, ontem (14.07.15) à noite, em João Pessoa.
“Os recém-formados estão chegando à porta de entrada da Farmácia, exatamente quando a profissão mostra-se mais pujante e mais promissora que nunca”, ressaltou o diretor do CFF. Segundo ele, uma convergência de fatores está contribuindo para o fortalecimento da profissão, no Brasil, a começar pela expansão do mercado empregador e pelas transformações sanitárias e sociais, marcadas por novas necessidades em saúde e por hábitos de vida, como o sedentarismo. Dr. Samuel de Morais Meira observou que essa nova realidade requer muito mais cuidados farmacêuticos. As novas normas dispondo sobre a profissão, destacou ele, são também fundamentais para o desenvolvimento da Farmácia.
O diretor do CFF explicou que a transição demográfica, responsável pelo envelhecimento da população, está relacionada, por exemplo, à prevalência de doenças crônicas e degenerativas. “A população está vivendo mais. Só que isto tem custos, como o consumo três vezes maior de medicamentos pelos idosos. Mas o uso simultâneo de vários fármacos predispõe à ocorrência de interações medicamentosas indesejáveis e a outros problemas relacionados ao uso de medicamentos, situações que impactam na saúde das pessoas e nos cofres dos sistemas público e privado”, explicou. Este novo contexto na saúde, completou ele, requer a intervenção do farmacêutico para garantir a segurança no uso dos medicamentos e minimizar os seus efeitos negativos.
Dr. Samuel Meira disse que os farmacêuticos recém-formados estão chegando ao mercado e encontrando situações favoráveis, com a regulamentação das atribuições clínicas e da prescrição farmacêutica pelo CFF, e com a aprovação da Lei 13.021/14, pelo Senado Federal. Segundo o diretor, a prescrição, além do grande alcance em saúde e do seu caráter social, consolida a autoridade do farmacêutico nas farmácias comunitárias.
ANÁLISES CLÍNICAS – Professor, durante 31 anos, de Hematologia e Citologia Clínicas do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal da Paraíba, Dr. Samuel Meira salientou o importante papel social dos farmacêuticos que irão atuar nas análises clínicas. “O setor está identificado com o que há de mais moderno em tecnologia e na pesquisa, e tem conquistado avanços em todas as direções, como nos diagnósticos e mesmo no monitoramento terapêutico”. Lembrou a importância dos exames laboratoriais para a confirmação dos diagnósticos pelos médicos.
Os farmacêuticos que se dedicam às análises clínicas, de acordo com o Diretor do CFF, vêm especializando-se em vários segmentos, como a biologia molecular, a hematologia, a citopatologia, a imunologia, entre outros, dando mostras de que o setor não tem fronteiras e mantém o mercado promissor.
Aproveitou para citar que o Conselho Federal de Farmácia regulamentou a atividade profissional em áreas, como os bancos de leite, de sémen, de sangue de cordão umbilical; a citogenética humana e a imunogenética, a biologia molecular, as análises toxicológicas, entre outras.
Autor: Pelo jornalista Aloísio Brandão, assessor de imprensa do CFF.