Os aumentos das alíquotas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre medicamentos em 12 estados do país pode impactar os preços ao consumidor final. A afirmação foi feita nesta quinta-feira pela Interfarma, que reúne 55 laboratórios e responde por 80% dos medicamentos de referência do mercado e também por 33% dos genéricos produzidos por empresas que passaram a ser controladas pelos laboratórios associados.
Segundo a entidade, hoje, os medicamentos no Brasil têm 34% do preço composto por tributos. “O aumento da carga tributária pode forçar uma redução dos descontos oferecidos no varejo, especialmente porque a indústria farmacêutica também está sendo impactada por outros custos, como a desvalorização do Real e o preço da energia”, afirmou, em nota. A Interfarma diz, porém, que não é possível saber o quanto aproximadamente os preços dos medicamentos subiriam para o consumidor, pois “o quanto cada indústria reduzirá o desconto é uma decisão estratégica dela, afinal há também o risco de perder mercado, especialmente nesse momento em que o desemprego aumenta”.
A maioria dos reajustes é de 1,2%, sendo que no estado do Rio de Janeiro o imposto passará de 19% para 20% (reajuste de 5,2%) a partir do dia 28 de março. Com isso, segundo a Interfarma, o setor teme que sejam necessários abatimentos nos descontos.
Fonte: Extra Online