Cientistas do Reino Unido e de outras partes do mundo publicaram nesta semana um dos estudos mais completos sobre os efeitos cerebrais do alucinógeno LSD (ácido lisérgico, na sigla em alemão).
Uma das características do uso da droga é a “perda de ritmo” dos neurônios. Grupos que funcionavam juntos deixam de fazê-lo com a droga.
Isso está ligado a uma perda da noção de si, conhecida como “dissolução do ego”.
No experimento, os efeitos alucinógenos duraram cerca de 8 horas, período em que que os testes foram feitos.
O estudo mostrou também que outras áreas do cérebro contribuíam para o processamento visual, o que pode explicar as alucinações visuais geralmente ligadas à droga.
Segundo os autores, o efeito entrópico —“desorganização”—provocado pelo psicodélico pode ser uma ferramenta para reparar padrões defeituosos provocados por doenças mentais.
O estudo saiu na revista “Pnas”. Os próximos trabalhos devem mostrar os efeitos do LSD sobre a experiência de se ouvir música e a relação entre “dissolução do ego” e aumento de conectividade global dos neurônios.
Fonte: Folha de S.Paulo