Na reunião anual da Associação Americana para Pesquisas em Câncer, realizada no início do mês, foi apresentado estudo associando o uso regular e por longo tempo de aspirina em doses baixas a possível redução de casos de câncer e consequente morte.
A pesquisa mostrou redução de mortalidade em 7% para o sexo feminino e 11% para o masculino em um total de 86.206 mulheres e 43.977 homens, segundo a professora Yin Cao e colaboradores do Massachusetts General Hospital e Universidade de Harvard, EUA.
O blog “HealthNewsReview.org”, coordenado pelo professor Gary Schwitzer, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Minnesota, EUA, analisa a qualidade das notícias sobre saúde e medicina publicadas na imprensa americana. Ele afirma que a pesquisa não prova que a aspirina reduz o risco de morte por câncer. O que ele mostra são pessoas mais conscientes e cuidadosas em relação a problemas de saúde do que as que não tomam remédio regularmente.
Por outro lado, a aspirina possibilita risco de hemorragia nos portadores de úlceras gastrointestinais, hipertensão sem controle ou com uso concomitante de anticoagulantes e drogas não esteroidais.
A aspirina foi descoberta em 1897 na Alemanha. Nos últimos 120 anos tem sido usada para dor de cabeça, febre e problemas reumáticos, entre outras ações. É recomendada para prevenção de infarto em doses máximas de 100 miligramas/dia.
Fonte: Folha de S.Paulo (Julio Abramczyk)