Com a chegada do inverno, surgem mais casos de crises alérgicas, em especial as respiratórias, como asma e rinite. O Dia Nacional de Prevenção da Alergia, celebrado em 7 de maio, busca chamar a atenção da população para a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento dessas manifestações. Entre os medicamentos indicados para tratar essas condições pelo efeito anti-inflamatório estão os corticoides, também conhecidos como corticosteroides ou anti-inflamatórios esteroidais. Mas esse uso deve ser feito com cautela. É o que ressalta a farmacêutica Letícia Nogueira, do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos do Conselho Federal de Farmácia (Cebrim/CFF).
“Apesar dos corticoides melhorarem a qualidade de vida de pacientes alérgicos o uso deve ser feito com cuidado devido aos seus efeitos colaterais. É preciso procurar orientação médica para que o especialista indique a dose certa e o período adequado da utilização do medicamento. É importante sempre lembrar que nenhum medicamento vai ser isento de efeitos colaterais. E só um profissional pode avaliar qual é aquele que melhor vai se adaptar ao tratamento.”
A farmacêutica do Cebrim alerta para o risco do uso prolongado desses medicamentos, já que alguns pacientes têm o hábito de guardar a prescrição médica antiga e usá-los quando apresentam nova crise ou mesmo em situações mais leves. “Os corticoides são seguros, mas não devem ser usados por conta própria ou repetindo receitas antigas. O uso prolongado de corticoides pode causar o afinamento da pele, úlcera, glaucoma, osteoporose, hipertensão e até mesmo diabetes. Outro perigo associado ao uso prolongado de corticoides sem orientação é a interrupção abrupta do medicamento que pode provocar insuficiência suprarenal aguda, hipotensão e até mesmo óbito”, alerta.
Segundo dados da Organização Mundial de Alergia, as doenças alérgicas afetam de 30% a 40% da população mundial.
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Fonte: Rádio News Farma