O Conselho Federal de Farmácia (CFF) participou de audiência pública, promovida pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), nesta segunda-feira, dia 3 de abril, sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Graduação em Farmácia (DCNs). A audiência começou às 15 horas, na sede do CNE, em Brasília, e contou com a presença da Diretoria da Associação Brasileira de Educação Farmacêutica (ABEF), farmacêuticos, discentes, conselheiros regionais e federais de Farmácia ligados à educação, professores diretores de cursos de Farmácia de todo o país e representantes de sociedades e associações profissionais farmacêuticas.
A sessão foi coordenada pelo conselheiro do CNE, Luiz Roberto Curi, que destacou a seriedade e a imparcialidade com que foram conduzidas as discussões sobre as DCNs. Em seguida, Curi passou a palavra ao presidente do CFF, Walter Jorge João.
O dirigente do CFF destacou que a elaboração das diretrizes transcorreu da forma mais democrática possível com a parceria da ABEF, em busca de uma nova formação para a profissão. “Reunimos e ouvimos as comissões de ensino de todos os conselhos regionais de Farmácia (CRFs), representantes regionais da ABEF, envolvemos os coordenadores de cursos e a executiva nacional de estudantes de Farmácia, bem como nossa Comissão de Ensino Farmacêutico (Comensino/CFF) e a Comissão Assessora de Educação Farmacêutica (Caef/CFF)”.
As contribuições de todos esses atores foram debatidas durante o I Encontro Nacional de Educadores em Farmácia Clínica, realizado em maio de 2015, em Gramado (RS), e no I Fórum Nacional de Discussão sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia, que ocorreu simultaneamente ao Congresso Brasileiro de Educação Farmacêutica (Cobef), em junho daquele mesmo ano, em Salvador (BA).
Walter Jorge João parabenizou os membros do CNE por terem mantido a maioria dos conteúdos propostos pelo CFF/Abef. Mas, embora tenha afirmado estar satisfeito com o acolhimento da proposta pelo CNE, o dirigente apresentou duas ressalvas: a necessidade de que os cursos de graduação sejam na modalidade presencial e a questão da carga horária mínima de cinco mil horas para a formação em Farmácia. Aliás, esses dois pontos, também, foram destacados pela maioria dos presentes, ao defender suas propostas.
Cerca de 80 participantes se inscreveram para fazer contribuições à proposta das diretrizes, entre eles, o professor Gerson Pianetti, na condição de representante do CFF, e a professora Ester Dalla Costa, integrante da Diretoria da ABEF.
Luiz Roberto Curi destacou que as diretrizes curriculares não são o documento ideal para compor o formato dos cursos, e, sim, decretos que estabelecem limites regulatórios para essas questões.
O relator da audiência, conselheiro do CNE, Yugo Okida, ressaltou que a entidade irá avaliar as sugestões recebidas, tanto presencialmente como pela internet, e destacou que todas as contribuições devem estar de acordo com a legislação vigente. “Tudo será avaliado e analisado de acordo com a legislação vigente e os resultados serão apresentados na Reunião Geral do CNE, que será realizada em junho, em Manaus (AM). Em seguida, será encaminhada para a homologação do Ministro da Educação”, encerrou.
Fonte: Comunicação do CFF