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Farmacêutica piauiense têm trabalho sobre tuberculose publicado em revista de prestígio

09 de fevereiro de 2021

Farmacêuticos pesquisadores do Maranhão, Piauí e Goiânia desenvolveram um estudo sobre o avanço da Tuberculose entre 2010 e 2019. A análise teve destaque na revista indiana ‘International Journal of Development Research’. De acordo com os autores, a partir de 2015 houve um aumento significativo nos casos positivos de tuberculose no Estado do Maranhão, região nordeste do país. A doença, causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, atingiu 24.491 pessoas durante o período delineado pelos estudiosos. Os dados foram obtidos por meio de consulta ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde.

 

 

O estudo, intitulado ‘Análise da Evolução de Tuberculose no Estado do Maranhão, Brasil: Uma Análise Epidemiológica e Temporal dos Casos’, aponta que, o número de casos em 2018 foi o mais expressivo, cerca de 2.700, sendo o de maior notificação durante o período pesquisado. O ano de 2019 também foi preocupante porque atingiu a marca de 2.623 novos casos positivos da doença. O estudo identificou que a predominância do perfil epidemiológico recaiu sobre o sexo masculino atingindo 64,75% da população, prevalecendo em 42,92% na faixa etária de 20 a 39 anos. Os indicadores afirmam ainda que 18,47% do público mais atingido pela doença têm escolaridade de 1ª a 4ª séries incompletas do Ensino Fundamental.

 

 

Os municípios com destaque de notificações de casos foram: São Luís, com 10.373, e Imperatriz com 743. Além disso, a análise afirma que 70,32% das pessoas positivas para a doença são pardas. Diante do objeto do estudo, ficou clara a exposição da população maranhense à tuberculose, uma doença que tem cura e requer tratamento medicamentoso adequado para extinguir a resistência bacteriana. A doença existe, está aí e precisa ser tratada com seriedade, tanto pelos acometidos por ela quanto pelo poder público que precisa promover a igualdade social, melhores condições de saneamento, educação em saúde, políticas públicas e sociais, entre outros.

A farmacêutica coordenadora do estudo, Sâmia Andrade, explica que o papel dos pesquisadores é alertar os gestores públicos sobre a importância de estarem mais próximos da população. “O cidadão comum precisa ser estimulado a buscar tratamento para curar sua enfermidade e não abandoná-lo. Para isso, é necessária a presença mais frequente dos profissionais da saúde nas comunidades orientando todas as pessoas. Com números de casos de Tuberculose tão expressivos, uma alternativa também seria o governo do estado e municípios unirem forças para realizar campanhas nas ruas e nos meios de comunicação como rádio, televisão e internet”, considera.

 

Marcelo Rosa, conselheiro federal de Farmácia pelo Maranhão demonstra preocupação com o assunto. Para ele, realmente os gestores públicos e de saúde devem tomar medidas mais efetivas para frear a doença no Estado. “Concordo em tudo com a amiga Sâmia. Quero ressaltar que é importante termos farmacêuticos tão atentos a questões que acabam passando despercebidas no dia a dia. Eles são os sensores que nos alertam sobre os perigos à nossa volta. Parabéns a todos os envolvidos na apuração dos dados e desenvolvimento da pesquisa”, conclui.

Leia o estudo aqui.

A doença

A Tuberculose (TB) é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, bacilo de Koch. O contágio é favorecido por ambientes fechados e pouco ventilados, sendo capaz de acometer no primeiro contato com o bacilo, o que pode ocorrer por meio da aproximação a pessoas infectadas. A bactéria responsável pela causa da doença é transmitida através de gotículas salivares expulsas por espirros e tosse, por exemplo. Os sintomas são: emagrecimento, escarro com sangue, cansaço, febre, fastio, tosse por mais de duas semanas, entre outros. Apresentando os sintomas mencionados acima o indivíduo deve buscar a unidade básica de saúde (postinho) mais próxima para realizar os exames e ser acompanhado até o fim do tratamento medicamentoso.

Organização Mundial da Saúde

Segundo a OMS cerca de 1,4 milhão de pessoas faleceram por conta de doenças relacionadas à tuberculose em 2019. Neste mesmo ano, aproximadamente 10 milhões de pessoas desenvolveram a doença, em média 3 milhões não foram devidamente diagnosticados ou não foram notificados às autoridades de saúde nacionais.

 

Saiba mais. Clique aqui e acesse. 

Assista também o vídeo divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz.

 

Fonte: Comunicação do CFF

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