Os reajustes no setor costumam se concentrar em abril, logo depois que o governo federal libera os aumentos, mas a alta chegará antes, segundo a indústria farmacêutica, devido à pressão de custos, como energia e água, e à valorização do dólar, que encareceu a matéria-prima importada.
“Nos próximos 60 dias você vai ver que os descontos na porta da farmácia devem desaparecer. A conta vai para o bolso do contribuinte”, afirma presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini. Isso ocorre porque a concorrência entre empresas sempre estimulou a prática de descontos. Com a crise, porém, esse é um procedimento que está ficando para trás.
O espaço para elevar preços é ainda maior entre os genéricos. Por lei, esse produto é obrigatoriamente 35% mais barato do que seu medicamento de referência. Na prática, porém, custa em média 50% menos. Alguns são até 85% mais baratos.
Fonte: Folha On-Line